Cancro da Mama
Cancro da Mama

 

Cancro da mama ou câncer de mama  é o cancro do tecido da mama. Mundialmente, é a forma mais comum de cancro em mulheres - afectando, em algum momento de suas vidas, aproximadamente uma em cada nove a uma em cada treze mulheres que atingem os noventa anos no mundo ocidental. É a segunda maior causa fatal de cancro em mulheres (depois do cancro do pulmão), e o número de casos vem crescendo significativamente desde 1970, um fenômeno parcialmente culpado pelo estilo de vida moderno do mundo ocidental. Uma vez que o peito é composto por tecidos idênticos em homens e mulheres, o cancro da mama também ocorre em homens, embora estes casos sejam menos de 1% do total de diagnósticos.

 

Sintomas

O cancro não causa dor física a não ser indiretamente estágios avançados. Por essa razão é importante que se faça o auto-exame da mama para sua identificação precoce. O cancro da mama pode apresentar diversos sintomas:

  • Aparecimento de nódulo ou endurecimento da mama ou debaixo do braço;
  • Mudança no tamanho ou no formato da mama;
  • Alteração na coloração ou na sensibilidade da pele da mama ou da aréola
  • Secreção contínua por um dos ductos;
  • Retração da pele da mama ou do mamilo;
  • Inchaço significativo ou distorção da pele e ou mucosas.

 

Prevenção

 

A susceptibilidade ao câncer de mama ocorre por herança tanto paterna quanto materna, e o risco aumenta de acordo com o número de indivíduos afetados na família. O carcinoma é mais comum em mulheres com sobrepeso e que fazem pois dietas gordurosas aumentam a presença de bactérias capazes de converter colesterol e estrógeno.

Em caso de suspeita ou anualmente após os 40 anos deve ser feita uma mamografia, porém, no Brasil, mais de 75% dos mamógrafos estão em clínicas particulares, restritos apenas aos que possuem planos de saúde ou condições financeiras para pagar o exame.A dificuldade na realização de mamografia e a demora no atendimento hospitalar desmotiva muitas mulheres a fazerem diagnósticos preventivos.

Em caso de pacientes de alto risco, (Casos na família, hormônios femininos elevados e genes BRCA1 ou/e BRCA2), o Cancer Genetics Consortium(CGSC) pode ser feito uma mastectomia e retirada dos ovários preventivamente.

 

Tratamento

O tratamento depende do estadiamento do câncer e pode ser feito com radioterapia, quimioterapia e/ou cirurgiasFrequentemente pode ser feito uma mastectomia no seio afetado.

 

Apoio Psicológico

O bem estar emocional é muito importante para manter um organismo saudável com um sistema imunológico eficaz e uma regeneração mais rápida de doenças. 15% das pacientes desenvolvem um episódio de depressão maior em menos de 10 dias após o diagnóstico. Outros transtornos psicológicos como transtornos de ansiedade também são comuns. Pacientes depressivas e desesperançosas tinham prognóstico pior mesmo quando as outras variáveis eram levados em conta.

 

Reconstrução da Mama

Para facilitar a reconstrução o cirurgião pode fazer cirurgias menos invasivas poupando o mamilo e planejando o tamanho e localização da cicatriz para menor dano estético. A área de mais difícil restauração é o mamilo, por isso pode-se negociar com o médico sobre as possibilidades de minimizar o dano ao local.

 

Tipos

 

Os carcinomas são a maioria das neoplasias malignas da mama, sendo o carcinoma ductal invasor o tipo mais comum. As neoplasias malignas, a grosso modo, se dividem em tumores epiteliais (carcinomas), que podem ser de origem ductal (90%) ou lobular, e sarcomas, que se originam no tecido conjuntivo (mesenquimal), muito raros. Os carcinomas, ainda podem ser in situ (confinado ao ducto ou ao lóbulo) ou invasores (quando acessam o estroma)

 

Grau Histológico

 

O grau histológico reflete o potencial de malignidade do tumor indicando a sua maior ou menor capacidade de realizar metástase:

 

  • Carcinoma ductal: Forma-se nos ductos que levam o leite dos lóbulos para o mamilo (papila).
    • Carcinoma ductal in situ(intraductal): Proliferação dentro de um ducto que não ultrapassa ae não invade o. Pode se apresentar como massa palpável, derrame papilar ou alteração em mamografia (microcalcificações e formação nodular não palpável). Pode ser dividido em comedocarcinoma (pior prognóstico), micropapilar, cribiforme e sólido
    • Carcinoma ductal invasor: Representa 65 a 85% dos cânceres de mama. Forma nódulo sólido ou área de condensação no parênquima, com lesões espiculadas ou circunscritas;
      • Tumor do tipo Tubular: Tumores do tipo carcinoma tubular (2% dos casos), não exibe mitoses nem necroses suas células formam túbulos regulares e bem definidos. Apresenta excelente prognóstico, mesmo quando é multicêntrico (50% dos casos), estando a sobrevida livre da doença por 10 anos superior a 95%.
      • Tumor do tipo medular: Representa 5% dos casos e possui um excelente prognóstico. Abundante em mitoses e com grande quantidade de linfócitos, geralmente só ocorre após a menopausa.
      • Tumor do tipo mucionoso: Representa 5% dos casos, recebe esse nome pela quantidade de mucina que recobre um pequeno número de células tumorais bastante diferenciadas entre si. Também tem com bom prognóstico com mais de 85% de sobrevida maior que 5 anos.
  • Carcinoma lobular: Começa nos bulbos (pequenos sacos) que produzem leite materno e infiltra nos tecidos vizinho; 
    • Carcinoma lobular in situ: Tumor de baixa proliferação no interior de ductos terminais e lóbulos. Representa 2 a 6% dos casos. Não costuma ter qualquer manifestação clínica evidente, nem é encontrado na mamografia, sendo um achado ocasional de biópsias mamárias indicadas por imagem suspeita. É considerado marcador de risco, sendo a biópsia excisional suficiente para terapêutica. É bilateral entre 15 a 40% dos casos;
    • Carcinoma lobular invasor: Apresenta-se como adensamento ou endurecimento local mal-definido; em lesões avançadas, pode haver retração de pele e fixação. Calcificações não estão comumente presentes. Representa 5 a 10% dos casos.
  • Sarcoma: Forma-se nos tecidos conjuntivos.

Os invasores também são chamados de infiltrantes.